domingo, 31 de julho de 2016

Bicarbonato de Sódio: O Pesadelo da Indústria Farmacêutica

 



O bicarbonato de sódio é um produto utilizado desde a antiguidade como um aliado da saúde, da beleza e do lar. Este produto continua sendo fonte de pesquisas em muitos lugares do mundo, já que existe a crença de que suas propriedades podem ser ainda maiores do que as que já conhecemos.

Para muitas pessoas é difícil acreditar que um elemento tão comum como o bicarbonato de sódio possa ser mais benéfico do que muitos dos produtos farmacêuticos que prometem melhorar a saúde. O certo é que há evidências que demonstram que o bicarbonato de sódio pode ajudar a prevenir e combater muitas doenças, incluindo problemas de saúde crônicos como o câncer e a diabetes. De fato, alguns médicos já estão começando a utilizá-lo e a recomendá-lo com mais frequência, já que oferece muitos benefícios.

As pessoas deveriam manter sempre o bicarbonato de sódio como opção na hora de tratar muitos problemas de saúde. Este produto foi utilizado até por oncologistas, já que poderia reduzir os efeitos da quimioterapia e a radiação em órgãos tão importantes quanto o fígado e os rins.

Em muitos lugares do mundo as pessoas começaram a diluir pequenas doses de bicarbonato de sódio em água, com o fim de ter uma bebida alcalinizante para curar a acidez e outros problemas de saúde relacionados. Sabendo dos benefícios do bicarbonato de sódio, em muitas salas de emergência ele começou a ser utilizado para salvar vidas. Foi identificado que a combinação de bicarbonato com outras substâncias, como o iodo e o cloreto de magnésio, cria um remédio altamente poderoso para ser usado em diferentes tratamentos de medicina.

Um dos principais benefícios do bicarbonato de sódio é o seu poder para ajudar a alcalinizar o corpo de forma natural. Quando há problemas de falta de íons de bicarbonato, há uma queda no pH do sangue, o que se traduz em muitos problemas de saúde ocasionados pela condição ácida do corpo. O fato de que as células funcionam melhor em um ambiente ligeiramente alcalino confirma mais uma vez a eficácia do bicarbonato de sódio.

A dieta é fundamental para conservar os níveis adequados de pH no sangue. No entanto, o estilo de vida atual, a má alimentação e o aumento no consumo de alimentos pouco saudáveis, como as comidas industrializadas, criam um ambiente ácido no corpo que, posteriormente, causa diferentes doenças. Quando o pH do organismo se reduz e passa a ser ácido, há um maior risco de sofrer com doenças crônicas como o câncer, gastrite, osteoporose, diabetes e doenças do coração, entre outros.

Nesse sentido, o bicarbonato de sódio é um grande aliado da saúde, já que ajuda a transportar oxigênio mediante a dilatação dos vasos sanguíneos e a liberação de oxigênio nos tecidos celulares, ajudando a regular o pH a um nível normal ou ligeiramente alcalino. Está comprovado que o bicarbonato de sódio pode ajudar a prevenir graves problemas de saúde como a artrite, a gota, a gripe, cálculos renais ou diabetes, entre outros.

Considerando os importantes e eficazes benefícios do bicarbonato de sódio para a saúde, as pessoas podem começar a consumi-lo como um tratamento natural e seguro para fazer frente a diversas doenças. De fato, uma combinação de bicarbonato de sódio com cloreto de magnésio pode ser tomada via oral para prevenir uma grande quantidade de problemas de saúde no futuro. Ambos os ingredientes trabalham para livrar eficazmente os tecidos, células e órgãos das toxinas e ácidos que costumam se acumular nos mesmos.

O bicarbonato de sódio se transformou no pesadelo da indústria farmacêutica graças aos seus múltiplos benefícios. Trata-se de um produto econômico, seguro e eficaz que pode ser utilizado sem nenhum problema, sempre que for consumido em quantidades moderadas e precisas.

Em qualquer situação, é preciso consultar seu médico para saber se existe algum tipo de risco em consumir bicarbonato de sódio para melhorar a saúde. Até o momento, sabe-se que em algumas pessoas ele poderia ter efeitos colaterais que incluem sede, dor de cabeça, inchaço nas pernas ou fraqueza, entre outros.

Fonte: Melhor com Saúde 

sábado, 30 de julho de 2016

12 Motivos para ter Água Oxigenada em Casa

 



O peróxido de hidrogênio, comumente conhecido como água oxigenada, é o único agente antisséptico composto somente por água e oxigênio. Ele é considerado uma substância segura, capaz de matar micro-organismos prejudiciais através da oxidação, que é simplesmente um processo de queima controlada.

Muitas pessoas costumam ter água oxigenada em casa como parte do kit de primeiros socorros, e usá-la para higienizar pequenos cortes e feridas na pele. No entanto, ela é também um poderoso desinfetante atóxico e pode ser usada com vários propósitos diferentes.

Além de tudo, é uma substância barata, por isso iremos listar 12 motivos para ter o peróxido de hidrogênio em casa, usando-o de diferentes maneiras no dia-a-dia no nosso lar.

Higienizar tábuas de madeira

A tábua de madeira que usamos para cortar os alimentos é o lugar perfeito para a proliferação de bactérias. Ao invés de usar substâncias químicas que possam prejudicar a saúde e os alimentos, limpe-a com uma mistura de água oxigenada e vinagre.

Lavar frutas e vegetais

Devido a que é um produto atóxico, o peróxido de hidrogênio pode ser usado para desinfetar frutas e vegetais, eliminando eventuais sujeiras e bactérias. Use uma solução de 3% de água oxigenada e lave os alimentos para higienizá-los de forma fácil e segura.

Higienizar esponjas

As esponjas são o local ideal para o acúmulo de bactérias, por isso é importante higienizá-las usando uma mistura que combine partes iguais de água oxigenada e água morna. Mergulhe a esponja na solução por 15 minutos, e depois enxágue abundantemente com água.

Tirar manchas de roupas

O peróxido de hidrogênio funciona como um tira-manchas extremamente eficaz. Para tirar manchas de vinho, combine partes iguais de água oxigenada e detergente líquido e aplique diretamente sobre a mancha. Seque com uma toalha, lave com água quente e deixe secar.

Outra dica é usá-lo para tirar manchas amarelas que aparecem na parte da axila, principalmente nas camisas brancas. Prepare uma solução com 1 parte de detergente líquido e duas de água oxigenada e aplique na área desejada. Deixe agir por uma hora e enxágue com água fria.

Clarear o cabelo

A água oxigenada é um agente de clareamento que pode ser usado com segurança nos cabelos. Aplique nos fios molhados uma solução com partes iguais de água e água oxigenada e penteie para espalhar por todo o cabelo.

Esta mistura vai proporcionar mechas mais naturais ao invés de um cabelo excessivamente claro. Além disso, ela permite clarear os fios de maneira gradual, sem causar uma mudança drástica.

Higienizar a escova de dentes com água oxigenada

A escova de dente é outro lugar onde podem se acumular germes e bactérias que vivem em nossos banheiros. Mergulhe-a em água oxigenada para higienizá-la e matar estes micro-organismos.

Tratar fungos nos pés

Use partes iguais de peróxido de hidrogênio e água para obter um remédio caseiro contra os fungos presentes nos pés. Borrife a solução na área desejada à noite, especialmente nos dedos, e deixe secar. Esta mistura é capaz de impedir o desenvolvimento dos fungos.

Clarear os dentes

Misture água oxigenada e bicarbonato de sódio para obter uma pasta caseira capaz de clarear gradativamente os dentes, além de atenuar manchas se usado diariamente. Aplique nos dentes, deixe agir por alguns minutos e enxágue com água.

Limpar a geladeira e a lava-louças

Por ser uma substância atóxica, o peróxido de hidrogênio pode ser usado em locais que estão em contato com alimentos. Aplique um pouco quando for limpar a geladeira e a lava-louças, deixe secar e passe um pano com água para retirar.

Remover a sujeira de panelas

Às vezes, retirar a sujeira de panelas e assadeiras é uma tarefa extremamente difícil. Para facilitar o trabalho, combine água oxigenada com bicarbonato de sódio até formar uma pasta. Aplique na panela e deixe agir por um tempo. Depois retire usando uma esponja com água morna, e verá que a sujeira sairá mais facilmente.

Combater doenças e infecções

Por incrível que pareça, os glóbulos brancos presentes em nosso organismo produzem peróxido de hidrogênio para combater parasitas, vírus e bactérias, por isso esta substância pode ser uma poderosa arma na luta contra alguns tipos de infecções.

Mergulhe os cortes em uma solução de 3% de água oxigenada por 5 a 10 minutos, várias vezes ao dia, para obter uma melhora significativa. Esta substância pode até ajudar a curar a gangrena.

Contra infecções no ouvido, pingue entre 6 e 8 gotas de peróxido de hidrogênio para aliviar os sintomas e combater a infecção. Para tratar a sinusite, combine uma colher de sopa de água oxigenada com um copo de água não clorada e use como spray nasal.

Manter os fungos longe das plantas

Da próxima vez que for borrifar água nas plantas da casa, adicione um pouco de água oxigenada ao spray para protegê-las e afastar os fungos. A medida é meio copo de peróxido de hidrogênio para 3,8 litros de água.

Fonte: Melhor com Saúde 

sexta-feira, 29 de julho de 2016

Mulheres Intimidando Mulheres no Ambiente de Trabalho

 



Gritos, intrigas e sabotagem: sinais reveladores de que um bully está em ação, montando armadilhas para colegas a cada passo (o termo bully, em inglês, é usado para designar a pessoa que pratica o bullying, uma atitude de agressividade física ou psicológica continuada, com o objetivo de intimidar ou prejudicar alguém dentro de um grupo).

Segundo pesquisadores do ambiente corporativo, com os níveis de estresse em alta nestes tempos de crise, tais encrenqueiros tendem a se tornar mais agressivos e a incrementar o ataque.

Talvez não seja surpresa o fato de que a maioria deles seja formada por homens, como revelou claramente uma pesquisa conduzida pelo Workplace Bullying Institute, grupo de apoio as vítimas de bullying. Os bullies do sexo masculino têm uma abordagem igualitária ao agir, atacando homens e mulheres relativamente na mesma proporção. Já as mulheres parecem preferir outras mulheres como alvo em mais de 70% dos casos.

Mas Esperem um Pouco. O que é isso?

A simples menção de mulheres intimidando outras mulheres no ambiente de trabalho parece estremecer as bases do movimento feminista. Como é que as mulheres podem romper as barreiras da discriminação no trabalho se são obrigadas a evitar os ataques verbais de outras mulheres em escritórios, corredores e salas de reunião?

"As mulheres não gostam de falar sobre o assunto, pois e algo tão antiético em relação à maneira que supostamente deveríamos nos comportar em relação a outras mulheres", disse a americana Peggy Klaus, executiva da área de treinamento em coaching de Berkeley, Califórnia.

"Esperam que sejamos acolhedoras e solícitas."

Pergunte as mulheres sobre disputas entre elas no ambiente de trabalho e algumas irão destacar que pessoas de ambos os sexos podem agir com má conduta. Outras irão concordar, com um movimento de cabeca imediato, enumerando exemplos de como as mulheres, muito mais do que os homens, as maltratam.

"Já fui sabotada por outras mulheres tantas vezes no trabalho que acabei deixando o mundo corporativo para abrir meu próprio negócio", disse Roxy Westphal, proprietária da empresa de produtos promocionais Roxy Ventures Inc., em Scottsdale, estado do Arizona. Ela ainda se lembra das ferroadas que levou ao ser entrevistada por uma mulher trinta anos atrás.

"Ela acabou se transformando em um pelotão de fuzilamento formado por uma única pessoa", conta a empresária, que acabou deixando o prédio às lágrimas na ocasião. 

Jean Kondek, recém-aposentada depois de uma carreira de 30 anos em publicidade, lembra-se da raiva que sentiu quando a gerente de uma pequena agência convocou uma reunião para criticá-la na frente de seus colegas por ela não ter seguido os procedimentos da agência em uma situação de emergência com um cliente.

Kondek disse, porém, que ela teve a palavra final na reunião. Ela conta que pediu aos participantes para se retirarem, dizendo, em seguida, a gerente: Não é assim que se lida com isso.

Véu de Silêncio

Muitas mulheres que ainda se encontram no mercado de trabalho se mostraram hesitantes em falar abertamente sobre o assunto, temendo tornar a situação ainda pior ou mesmo por em risco suas carreiras. Uma contadora da Califórnia conta que logo que entrou em uma empresa, recentemente, foi intimidada por duas mulheres que ali trabalhavam. Ela afirma que uma delas chegou a empurrá-la durante uma discussão que tiveram no refeitório. É como se tivessemos voltado para o colegial, disse ela.

Uma executiva sênior disse que havia finalmente vencido o preconceito até que outra mulher chegou para roubar seu emprego, dizendo à gerência: é impossível trabalhar com ela, ela não coopera. 

"Uma razão que leva as mulheres a escolherem outras mulheres como alvo talvez seja a idéia de que elas podem encontrar alguém menos confrontante ou menos propenso a responder a agressão com outra agressão", disse Gary Namie, diretor de pesquisas do Worplace Bullying Institute, que coordenou o estudo em 2007.

Porém, pode ser que exista outra dinâmica em funcionamento. Segundo a Catalyst, grupo de pesquisas sem fins lucrativos, depois de cinco decadas de lutas pela igualdade, as mulheres hoje ocupam mais de 50% das posições de gerência, cargos profissionais e ocupações relacionadas. Entretanto, o censo de 2008 revelou que as mulheres representam apenas 15,7% dos executivos de alto escalão e 15,2% dos diretores que fazem parte da lista Fortune 500.

Dois Pesos e Duas Medidas

Especialistas em liderança se perguntam se as mulheres estão sendo excessivamente agressivas por existirem tão poucas oportunidades de avanço. Ou seria isso um estereotipo, uma falsa impressão de que as mulheres estão sendo excessivamente agressivas? Existiriam dois pesos e duas medidas no ambiente de trabalho?

Pesquisas do grupo Catalyst sobre estereótipos de gênero sugerem que não importa como as mulheres escolham liderar, os outros nunca acham que elas estão certas. Além disso, o grupo também constatou que as mulheres precisam trabalhar duas vezes mais duramente do que os homens para conquistar o mesmo nivel de reconhecimento e provar que podem liderar.

Se as mulheres em posições de liderança nos negócios agem de forma consistente com os estereótipos de gênero, elas são taxadas de mole demais, constatou o grupo atraves de um estudo em 2007. Se elas vão contra os estereótipos de gênero, são consideradas duras demais.

As mulheres estão tentando descobrir a chave mágica para a porta do reino, disse Laura Steck, presidente do Growth and Leadership Center em Sunnyvale, California e executiva de treinamentos em liderança. Quando as mulheres sentiram que precisavam ser agressivas para conseguir uma promoção, disse ela, continuaram agindo assim. Então, de repente elas percebem a necessidade de agir com mais coleguismo e cooperacão, em vez de serem competitivas. 

Joel H. Neuman, pesquisador da State University of New York, em New Paltz, afirma que o comportamento mais agressivo no ambiente de trabalho e influenciado por diversos fatores que envolvem os bullies, suas vítimas e as situações sob as quais eles trabalham. Isso incluiria questões relacionadas a frustrações, traços de personalidade, percepções sobre tratamentos injustos e uma série de traumas associados ao ambiente de trabalho mais hostil e exigente dos dias de hoje, disse ele. 

Newman e seu colega Loraleigh Keashly, da Wayne State University, desenvolveram um questionario de 29 perguntas para identificar um conjunto de comportamentos que podem constituir o bullying, o que poderia ajudar empresas a identificar problemas que geralmente passam despercebidos.

A prática do bullying envolve formas verbais e psicológicas de comportamento agressivo (hostil), persistindo por um período de no mínimo seis meses. O questionário inclui perguntas do tipo: Nos ultimos 12 meses, voce percebeu com regularidade que foi encarado de maneira hostil, foi tratado de maneira grosseira ou sem respeito, ou ainda passou por uma situação em que outras pessoas não negaram falsos rumores sobre você?

Mais Comum do que se Imagina

O Workplace Bullying Institute afirma que 37% dos trabalhadores ja sofreram bullying. Segundo dados do instituto, embora muitos empregadores ignorem o problema, o mesmo acaba afetando o faturamento e os custos relacionados a assistência médica e a produtividade. Segundo o instituto, ações judiciais são raras, pois não existem leis que se aplicam a questão diretamente, além dos altos custos envolvidos.

Duas pesquisadoras canadenses recentemente se propuseram a examinar o tipo de bullying que ocorre entre mulheres. Eles constataram que algumas mulheres podem sabotar outras por sentirem que ajudar suas colegas do mesmo sexo poderia por em risco suas proprias carreiras. 

Uma das pesquisadoras, Grace Lau, candidata ao titulo de Ph.D da University of Waterloo, disse que o objetivo era encorajar as mulheres a ajudarem umas as outras. Ela disse: Como? Uma maneira que propomos e lembrar as mulheres que elas fazem parte do mesmo grupo.

Nos acreditamos que um senso de orgulho em relação as conquistas femininas seja importante para fazer com que elas ajudem umas as outras, disse Lau. Para ter este sentimento de orgulho, as mulheres precisam se conscientizar de que compartilham de uma identidade comum.

Entretanto, e pouco provável que no ambiente de trabalho as mulheres pensem sobre si mesmas com membros de um mesmo grupo, disse ela. E mais provável que elas vejam a si mesmas como individuos, uma vez que são julgadas por seu desempenho.

Como resultado, pode ser que as mulheres não sintam que precisam ajudar umas as outras, disse ela. Elas podem ate sentir que, para crescer, precisam ser agressivas como suas colegas, escondendo oportunidades de promoções, achando também que é mais fácil puxar o tapete de outras mulheres do que dos homens porque supostamente as mulheres são menos duras.

Klaus, a executiva da área de treinamento em coaching, comentou a questão do bullying: Chegou a hora de lidarmos com este tipo de relacionamento que as mulheres tem entre si, pois isso certamente esta impedindo que tenhamos o sucesso no trabalho que almejamos ou que deveriamos ter. Já temos obstáculos suficientes, não precisamos criar mais outros.

Fonte: delas.ig

quinta-feira, 28 de julho de 2016

Está Sendo Vítima de Boatos no Trabalho? Saiba como Agir

  



Ir ao RH comunicar que estão inventando mentiras sobre você não é fazer fofoca.

Quando chega aos seus ouvidos alguma história sobre você no trabalho, e que não é verdade, sentir raiva é inevitável. Mas é preciso esfriar a cabeça e avaliar os possíveis efeitos do boato na sua carreira, para poder agir certo, na hora certa.

"A primeira coisa a fazer é descobrir se a informação procede, o que querem dizer com ela e se o comentário surgiu com ou sem má intenção", diz Maria Cecília Coutinho de Arruda, professora da EAESP da FGV (Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas). 

"É evidente que os mentirosos estão à solta", afirma o comentarista e âncora do programa Mundo Corporativo, da rádio CBN, Milton Jung. "A mentira é inerente ao ser humano e muitas vezes a garantia de sobrevivência nas corporações". 

Há quem minta para agradar e os que mentem para escapar de situações constrangedoras; aqueles que querem prejudicar alguém e os que pretendem se beneficiar. "Há mentiras aceitas socialmente e outras reprováveis", diz Milton.

Para a psicoterapeuta, presidente da Quantum Assessment e autora do livro "SobreViver – Instinto de Vencedor" (Editora Saraiva), Claudia Riecken, a pessoa que tem o hábito ou a intenção de machucar o outro pode ser chamado de "invalidador". A mentira é uma de suas formas de expressão em desfavor da vítima.

"Invalidar é tirar a validade de alguém, diminuí-lo, desprezá-lo, mostrá-lo como errado, incompleto, tolo, menor. Infelizmente, todos somos, em menor ou maior grau, propagadores da invalidação", diz a autora.  

Por que mentir?

As respostas são várias: vão desde a inveja ou a diferença de valores éticos, políticos e morais, até a vontade deliberada de estragar a vida do outro. Quando você é vítima de uma mentira, a dica é evitar que ela se propague. 

"Se a vítima tem um pouco de afinidade com a pessoa que conta a mentira, a primeira saída é conversar com ela", diz Maria Cecília. Revele que soube dos comentários, pergunte o que ela quis dizer com tudo aquilo, de forma pacífica, para esclarecer o problema. 

"Tudo poderá se resolver, mas se a reação do mentiroso for agressiva, é bem provável que o fofoqueiro seja ele mesmo e que suas intenções não sejam boas. Se o interrogado tenta fugir do assunto, insista", diz a professora da FGV.  

Se uma conversa não resolve

Se a situação não puder ser resolvida com uma conversa, o caminho mais comum é procurar o departamento de Recursos Humanos. "O problema é que esse é um tema difícil de ser abordado no ambiente corporativo, e os RHs não estão preparados para lidar com ele", afirma Claudia. Segundo ela, essa deficiência permite a formação de panelinhas que cada vez mais usam desses artifícios para subir nas empresas. 

Quando o problema é com colegas mentirosos, a fórmula é simples: ria das mentiras engraçadas e releve as brandas. Se forem graves, denuncie ou se afaste do mentiroso, para não terminar contaminado.

É preciso ter cautela quando o propagador de mentiras for o chefe, diz a professora da FGV. "Ir ao RH não significa fazer fofoca sobre as mentiras alheias, mas investigar qual é o comportamento mais indicado nessa situação". 

Segundo Claudia Riecken, o RH é o canal formal de orientação de funcionários, principalmente quando as mentiras partem da sala da chefia. "A primeira coisa é ter certeza sobre quem está espalhando os boatos; depois, informar-se com a equipe competente para lidar com esse tipo de problema. Se não der certo, e as invalidações persistirem, parta para o ataque", diz ela.

Caso haja um código de ética da empresa, é interessante lê-lo antes de tomar qualquer atitude, prestando atenção aos direitos que se tem, a quem é possível recorrer em casos de mentiras a seu respeito.

Para Claudia Riecken, a verdade precisa ser mostrada. Um exemplo simples: "Se um colega inventa que você não sabe usar o Excel, quando tiver uma chance chame toda a equipe para uma reunião e mostre planilhas que montou com o programa. A ideia é calar a boca do fofoqueiro, deixando-o passar por mentiroso".

Não tem solução?

Se é impossível resolver o problema dentro da empresa, talvez a melhor opção seja procurar um emprego onde as pessoas se respeitem. Engolir sapo, no longo prazo, pode ser muito maléfico para a saúde física e mental. "Não permita que o problema se traduza em pressão alta, cardiopatias, depressões, pânico e reações agressivas com quem não tem nada a ver com o falatório", diz Maria Cecília.

"Quando a situação chega no limite, e depois de tentar resolver o problema internamente, a vítima poderá também recorrer à lei", diz Claudia. Para tanto, é preciso se preparar, juntando provas –e-mails, conversas, testemunhas.

Fonte: Mulher Uol

quarta-feira, 27 de julho de 2016

Existem ᗪois Tipos de ᑭrolixo

 
"O ansioso e o vaidoso acabam criando um processo neuropsíquico onde se vicia em ouvir apenas o som de sua voz e perde-se o traquejo de ouvir o outro..."


"O prolixo é antes de tudo um egocêntrico e em alguns casos tem uma criança atemorizada dentro de si, que precisa falar sem parar para tentar driblar o silêncio"

Um dos exercícios mais difícieis que proponho aos meus alunos é o jejum de 24 horas, em segundo lugar vem o silêncio absoluto por um determinado tempo.
Tanto um quanto o outro são formas de girar o relógio no sentido anti-horário, andar para trás ou nadar contra a corrente. 

Não fomos programados para isso, não é natural, ou melhor, não é socialmente natural. Mas se a gente pensar bem ... vamos ver que os grandes males da humanidade são justamente a comida (por excesso ou falta) e as palavras por (excesso ou falta).

Na verdade nem é bem assim, não é a comida, nem são as palavras os causadores dos males atuais, e sim o controle desses fatores. Não controlamos o nosso apetite e a obesidade já é uma doença epidêmica no Brasil, nos EUA e em vários países. 

Por não controlar a comida, esta acaba faltando no terceiro mundo e milhões padecem de fome. Quanto às palavras, pior que o alimento, pois o uso das palavras é gratuito, seu mal uso e abuso tem sido um desastre das maiores proporções.

Em minha opinião a verborragia, consequência da alta ansiedade e da carência afetiva, é um mal que está cada vez mais presente, levando confusão e incomunicabilidade para muita gente. Por isso que fazer jejum e ficar em 

silêncio pega no nervo exposto de grande parte da população: o controle, o controle do corpo de desejos!

Um cliente recém-chegado, me mandou em apenas uma semana mais de 40 mensagens, além de telefonar algumas vezes. Eu dizia: antes de mais nada, precisamos controlar o excesso de ansiedade - não matar a ansiedade (eu também sou ansioso), mas controlá-la.

Ele respodeu: "Mas eu não sou ansioso, sou um cara legal, sou trabalhador, bem casado, etc...

Seria quase impossível para ele fazer com sucesso o exercício do jejum e do silêncio.

Mas o que isso pode ajudar a melhorar a vida do indivíduo. A lista é longa, os benefícios são tantos para a saúde física e mais ainda para a psicológica.

Falar demais coloca o sujeito estatisticamente na lista dos besteirentos, dos incorretos, mentirosos, equivocados e dos distraidos.

Claro que se você fala demais as suas chances de falar bobagem é maior. Quando você fala demais escuta menos, presta menos atenção nas informações que vêm de fora, e isso pode ser fatal.

O ansioso e o vaidoso acabam criando um processo neuropsíquico onde se vicia em ouvir apenas o som de sua voz e perde-se o traquejo de ouvir o outro, ouvir e entender o que é dito e, pior dos males, o que fica por dizer pairando nas entrelinhas silenciosas. 

Quantos se enebriam com o som de suas próprias vozes e acabam enfeitiçados ao se autoalimentar de suas palavras e se convencem de que são o máximo, são maravilhosos e infalíveis.

As palavras são seres vivos de vida curta, é verdade, mas de impacto às vezes muito duradouro na vida de quem fala e de quem ouve. Só por esse motivo deveriam ser tratadas com mais consideração, para falar o mínimo.

Palavras são carregadas de energia, portanto, se o sujeito fala demais, a tedência é ficar mais fraco, mais cansado e, na maioria das vezes, a reação natural do organismo é tentar recuperar a energia "vampirizando" os outros. Por isso, quem convive com o prolixo superansioso no cotidiano vive esgotado, está sempre abrindo a boca naqueles bocejos longos e sonolentos.

Vya Estelar
ᑌOᒪ

terça-feira, 26 de julho de 2016

ᐯEᖇᗷOᖇᖇᗩGIᗩ - Conceito,O que é,Significado

 

A verborragia se refere à atitude da pessoa que fala demais porque não respeita o tempo de conversa e toma para si a palavra sem levar em conta a opinião do outro. As pessoas que sofrem de verborragia falam muito e escutam pouco, ao contrário, gostam de ser o centro das atenções numa conversa entre amigos, gostam de dar sua opinião sobre um tema, contar suas histórias, recordar fatos importantes, ou simplesmente, quebrar o silêncio com palavras que, em certas ocasiões, podem esgotar o interlocutor que sente falta do valor silêncio em uma conversa. Uma pessoa que tem um comportamento marcado pelo excesso de verborreia tem sérias dificuldades de permanecer em silêncio.

Qualquer ser humano pode transmitir muita informação não só através da palavra, mas também pela linguagem corporal. Todo ser humano é único e exclusivo e tem suas peculiaridades no plano da comunicação. Neste sentido, vale ressaltar que as pessoas que demonstram atitudes de verborragia têm a necessidade excessiva de falar.

O modo de ser de uma pessoa e sua atitude nas relações pessoais também lhe ajudam a estabelecer laços sólidos. As pessoas que falam demais costumam entrar em choque quando entram em contato com outra pessoa que possui as mesmas características, ou seja, o mesmo desejo de ter a palavra e ser o centro das atenções em uma conversa.

Entretanto, por falar demais, conseguem captar melhor a atenção de seu interlocutor. A mente do ouvinte tende a desconectar quando se sente transbordado de tanta informação porque a capacidade de concentração é limitada. O excesso de palavras pode aborrecer o interlocutor e inclusive esgotá-lo psicologicamente, por isso, muitas vezes, é aconselhável falar menos.

Saber falar é uma coisa, agora saber comunicar-se de forma efetiva é outra totalmente distinta. Neste sentido, vale destacar que qualquer pessoa pode aprender a melhorar suas habilidades comunicativas aprendendo com as críticas construtivas, realizando um processo de coaching, participando de um curso para falar em público, como também sendo observador para aprender com os outros.

Existem pessoas com tendência em falar demais não de forma frequente, mas sim de forma pontual. Por exemplo, quando estão nervosas por causa de algum acontecimento específico ou quando sentem medo.

Fonte: Conceitos

segunda-feira, 25 de julho de 2016

Vamos Seguir em Frente

 




Fiquei um tempo sem querer falar da vida
Tipo uma fuga, uma fuga mal resolvida
Mas nada se resolveu.

Até não assumir
Saber o que quer e o que veio fazer aqui
Eu quis me afastar, mas essa distância 
me fez querer voltar,
Voltar a ser criança.

Talvez você nem saiba, mas o que fez comigo
Me ajudou a ser melhor, só hoje eu vejo isso
Foi bom poder sentir saudade
Foi bom voltar a ter vontade
Foi bom pra ver se era de verdade.

Desaprender pra voltar a ser como antes
Então vamos seguir, porque tá tudo bem
Assunto resolvido, isso é passado, amém.

Vamos seguir em frente...

A página virou, o assunto já é outro
Vamos tirar onda de tudo que rolou
Como se nada tivesse acontecido.

Andar e viver, próximo capítulo
Estamos no começo de algo muito bom
Não precisa ter nome não.
Lá atrás não entendia as coisas
Cada um tem seu tempo, suas escolhas.

Bom poder sentir saudade
Bom voltar a ter vontade
Foi bom pra ver se era de verdade
Desaprender pra voltar a ser como antes.

Então vamos seguir, porque tá tudo bem
Assunto resolvido, isso é passado, amém.
Vamos seguir em frente...

NX ZERO

domingo, 24 de julho de 2016

Afinal, O QUE LHE INTERESSA DA VIDA ALHEIA?

 



Pensando...

Imagine o seguinte: que tudo que você posta (publica) no seu Facebook/Google+/Twitter é visto por um jovem/adolescente.
Agora imagine mais: que cada publicação sua, tem influência, de alguma forma, na a vida daquele que está lendo.

Acha que postando besteirol, chatice, futilidade e banalidade, além das "cargas pesadas", vão deixar as pessoas mais sóbrias (conscientes), leves e em pé?

Pense sobre isso. Sempre há um jovem lendo sua publicação...
Mesmo que seja um jovem de 80 anos.

Afinal, O QUE LHE INTERESSA DA VIDA ALHEIA?

"A vida é muito curta para nós aborrecermos por motivos fúteis. Viver é um dom, o qual recebemos de graça."  -- Luis Manoel Mazzuco

"Se não há respeito, não há vida e certamente não haverá cordialidade. A banalidade acabou com o homem, acabou o amor." 

por João Vitor Rocha

sábado, 23 de julho de 2016

Pequeno Tratado da idiotice Contemporânea, por Marilia Amorim

 



Marilia Amorim, Maître de Conférences da Universidade de Paris 8 e ex-professora do Departamento de Psicologia Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro,  concedeu essa entrevista ao orgulhoso irmão, o ansioso blogueiro, por e-mail.

É a propósito do lançamento de seu terceiro livro na França, “Petit traitê de la bêtise contemporaine, suivi de Comment (re)devenir intelligent”.

1)    Ao passar na rua, assim, caminhando contra o vento, como se reconhece um idiota ?


Acontece com todo mundo de se ver idiota em uma situação ou outra. Nenhum problema com isso pois a idiotice pessoal não é a questão. O que me preocupa é a idiotice coletiva, ou melhor, os sistemas coletivos para nos tornar idiotas.


2)    Por que a sra se irrita tanto quando a publicidade, a internet ou a televisão lhe tratam de “você” ?


Ao contràrio, me tratar de “você” é perfeitamente aceitável. O que não é aceitável é que se apropriem da primeira pessoa do singular “EU” e a utilizem em meu lugar.
Esse é o suprasumo da idiotice linguística, produzida como manipulação publicitária para tentar vender determinados produtos. 
Os exemplos que analiso no livro são conhecidos apenas pelo público francês, mas posso citar um que é de conhecimento planetário e que está na origem  desse modelo. Quando a Microsoft lança o seu “computador pessoal” (personal computer) na concorrência com a MacIntosh, ela coloca na página de entrada do Windows toda a organização das pastas e dos documentos na primeira pessoa do singular: “Meus documentos”, “Minhas imagens” e assim por diante. A pergunta é: meus de quem? Quando organizo meus documentos na minha casa, não escrevo nas pastas “meus documentos” ou “minhas contas” e sim, “contas”, “documentos”, etc. 
Seria completamente idiota escrever isso nas minhas próprias pastas. 
A estratégia publicitária da Microsoft era criar no comprador e no usuário a ilusão de que ele estava “em casa”. 
Como atualmente os publicitários e profissionais de marketing formatam toda palavra pública, com o objetivo de “vender a idéia”, na França e nos Estados Unidos essa aberração linguística invadiu todas as esferas, mesmo aquelas onde quem fala é um poder público e não um supermercado.


3)    Qual o resultado dessa apropriação do “eu”, do “você” e do “ele” pela linguagem da publicidade, da televisão e da internet ?


A apropriação do pronome EU é uma manipulação linguística que serve à lógica de mercado. Ela visa a criar no consumidor a ilusão de que ele está sendo ele mesmo quando consome. Ora, o consumo de massa é exatamente aquilo que padroniza e que apaga o Eu.

4)    A tese de seu livro é “a palavra que produz a inteligência é a que transmite cultura”. Por que ?

Assim como existe a palavra que nos torna idiotas, ou que pelo menos tenta, existe aquela que nos torna inteligentes ao nos dar um lugar no processo de trasmissão e circulação da cultura. A cultura é o que resiste porque ela nos fornece elementos múltiplos, provindos dos diferentes saberes, da arte, da história, etc. para entender e valorizar a complexidade das coisas e desconfiar das simplificações idiotizantes.


5)    A senhora se refere a um diálogo de Platão - “Fedro “- em que Sócrates repele a linguagem escrita. A senhora, como Sócrates, não teme ser jurássica, com suas criticas à televisão e à internet ?

Platão deixou sua obra inteiramente por escrito e somente uma leitura apressada do Fedro pode achar que ele é contra a escrita. O que ele descobriu, através de Sócrates, foi a relação entre a invenção da escrita e a transformação nos processos de memória. Essa descoberta permanece tão atual que todos os filósofos contemporãneos se baseiam em Fedro para tratar das transformações causadas pela invenção da informática. Com a escrita e, mais ainda com a informática, a memória se torna exterior, não está mais dentro da minha cabeça. A externalização permite guardar uma quantidade infinitamente maior de dados, mas ela não nos exime do que Sócrates chama de “trabalho de memória”: o trabalho de cada sujeito singular que se responsabiliza pela transmissão da cultura ao lhe atribuir valor e sentido. Sem o trabalho dos sujeitos, a memória externalizada se reduz a um arquivo frio que, por isso mesmo, acaba se perdendo. É um equívoco pensar que a informática por si só garante a preservação da cultura.


6)    Quem é o “papagaio tecnológico “, um personagem de seu livro ?


O papagaio tecnológico é aquele que se refugia nos recursos técnológicos, internet, powerpoint e outros, para esconder que não tem nada a dizer. Ele repete o que todo mundo já sabe ou que faz parte das bobagens circulantes mas disfarça essa indigência com superpoduções hipermediáticas. A indigência de idéias acobertada pela superprodução hipermediática é algo muito frequente no universo internet e vem ocupando outros espaços como, por exemplo, a Universidade. Isso não significa que desprezo a tecnologia e a prova concreta disso é que um dos cursos que ministro na Universidade de Paris é um curso à distância, dado on line. A questão é saber o que você faz com a tecnologia e não pensar que ela pode fazê-lo por você.


7)    A senhora não usa o Google ? Parece que não … Qual é o problema do Google ?


Uso o Google quase todo dia, até várias vezes por dia caso contrário, não poderia estar tratando desse assunto. Mas porque o fato de utilizá-lo me impediria de analisar seu funcionamento e fazer críticas? Quando você abre o Google, você cai  num shopping center. A informação séria vem junto com um calhamaço de publicidade disfarçada em informação. No início, os próprios criadores do Google consideraram importante separar publicidade de informação, mas com o tempo acabaram cedendo à pressão dos anunciantes. Além disso, mesmo a informação séria ou a obra a ser consultada está submetida a uma lógica mercadológica que é a do “page ranking”: em primeiro lugar aparece a obra que apresenta  maior n° de consultas, isto é, a mais cotada. Ora, a melhor obra não é necessariamente a mais cotada e num trabalho de pesquisa, seja ela acadêmica, pessoal ou existencial, uma obra desconhecida a qual ninguém até então havia dado importância pode ser decisiva. Então, para separar o joio do trigo e construir um percurso realmente original nesse shopping center da cultura é preciso ser um cidadão muito bem formado.  Toda política educacional deve levar isso em conta. Não basta garantir o acesso material e técnico ao computador e à banda larga; é fundamental garantir uma boa escola que ensine o jovem e a criança a se protegerem da idiotice.


8)    Qual a diferença entre o “saber da acão” e o “saber narrativo” ?


Digo que o saber narrativo é o que há de mais fundamental no ser humano. Os animais se comunicam mas não contam histórias. Quem prefere o saber da acão ao saber narrativo é  a ideologia dominante e ela o faz porque o único critério de validade no saber da ação é a eficácia: bom é aquilo que funciona e, reciprocamente, se funciona é bom. Nessa lógica pragmática, o que funciona é sempre bom. Ora, um veneno também é uma coisa bastante eficaz: ele mata.


9)    A sra diz que a televisão é a “psicotecnologia da idiotice”. O que a senhora tem contra a televisão ? A sra tem uma certa implicância com a “entonação“ dos apresentadores da televisão. Por que ?


Foi o filósofo Bernard Stiegler quem batizou a televisão com essa expressão que acho excelente. Mas não critico toda e qualquer televisão. A televisão que critico é aquela que está inteiramente a serviço dela mesma e de seus anunciantes, e não do espectador. O que ela quer é garantir que o sujeito não desligue nem mude de canal e desenvolve tiques de linguagem que traem essa postura. No meu livro, dou um exemplo do campeonato de tênis transmitido ao vivo pela televisão aberta francesa. Os comentaristas ocupam todo o lugar, falam sem parar e fazem com que o acontecimento crucial que é uma partida final de campeonato fique em segundo plano. Uma partida de tênis supõe silêncio: não apenas para os jogadores poderem se concentrar, mas também para aquele que assiste. Ora, a televisão quebra esse clima e introduz sua entonação “engraçadinha e simpática” cujo único significado é um irritante “Fique com a gente!”. Imagino que nas transmissões de futebol na TV brasileira deva acontecer algo parecido.


10)    Todos os jornalistas se parecem ? É tudo a mesma mixórdia ?


Claro que não! Há jornalistas que trabalham se pautando por imperativos inversos ao que acabo de descrever. Eles colocam o direito do leitor ou do espectador à informação e à verdade acima de tudo e por isso, muitas vezes, arriscam as próprias vidas.


11)    “As condições enunciativas da idiotice” que a senhora localiza na sociedade contemporânea são coisas nossas, do nosso tempo, ou nunca houve idiotice igual ? Essas “condições enunciativas” têm algo haver com o que se chama vulgarmente  de “neo-liberalismo “, ou na sua contrafação mais erudita, de “pós-modernismo” ?


Todos os regimes totalitários criam dispositivos para nos transformar em idiotas. A ditadura militar fazia isso através da censura das falas. A ditadura do mercado transforma sutilmente a maneira de falar para dar a ilusão de que não estou submetido a nenhum poder e que sou eu o centro de tudo. “Eu isso, eu aquilo” como se fosse realmente eu quem estivesse dando as cartas. É o que chamo de totalitarismo não-autoritário pois o mercado invade todas as esferas da nossa vida sem que apareça a figura da autoridade que o representa. Essa forma de poder se esconde atrás de uma fala “simpática” ou “lúdica” o que torna a resistência e a crítica muito difíceis.


12)    Como “des-conhecer a palavra que leva à idiotice” ? - como a sra recomenda no fim?


Não é isso o que eu digo.  É a palavra que leva à idiotice que nos faz des-conhecer, isto é, deixar de conhecer o que conhecíamos. E o que recomendo é empreender coletivamente um “trabalho de memória” de tudo aquilo que tentam nos fazer esquecer quando nos tratam como idiotas. Nesse trabalho coletivo, é preciso não ter mêdo de ser visto como “jurássico” e assumir a responsabilidade que cabe às gerações mais velhas. Como venho de um outro tempo, conheci outros mundos, com seus defeitos e qualidades, e isso me dá elementos de comparação. A comparação é um procedimento cognitivo fundamental, é a base do raciocínio inteligente e as gerações que já nasceram dentro do funcionamento atual não podem comparar. Embora pressintam e desejem essa comparação pois ela está prevista na própria língua: é a diferença entre o verbo ser e o verbo estar. Como dizia um cartaz de “los indignados” que encontrei em Santiago de Compostela, na Galícia, “el mundo está así, no es así”.


13)    Uma ultima questão: o seu estilo, coloquial, bem humorado, de tratar do leitor como interlocutor vem de Machado ou de Baudelaire: “hypocrite lecteur, mon semblable, mon frère!” ?


Tentei escrever um livro engraçado e, segundo o que dizem os leitores, parece que consegui. Porque o humor é uma arma muito importante contra a idiotice, sobretudo quando ela é produzida por abuso de poder. Se eu fosse o Henfil, nosso genial cartunista, que, aliás, cito nesse trabalho, esse livro seria um cartoon. Isso fica claro, por exemplo, nas várias passagens em que debocho do Sarkozy e a quem me refiro, de maneira ironicamente pomposa, como o Presidente da República Francesa, vulgo, PRF...
Não é para ter orgulho, amigo navegante ?

por Paulo Henrique Amorim