Antes de desejar que as pessoas mudem, saiba se transformar e dar o exemplo.
Criticar e exigir atitudes dos outros é fácil – e, sem perceber, muita gente faz isso diariamente, principalmente com as pessoas as quais gosta. Isso acontece porque todos têm a mania de ser perfeccionista com os outros, muitos deixam de reparar nos próprios defeitos, mas consegue listar cada defeitinho do outro. As pessoas sabem reparar na vida dos outros mas se esquecem de reparar na sua própria vida.
O coach e psicólogo Alexandre Borba comenta que é preciso mudar esse quadro. “Ninguém gosta de pessoas críticas demais – ainda mais quando elas não percebem seus próprios defeitos”, resume. Para mudar essa situação chata, é preciso que cada um olhe mais para si mesmo e exija competência própria antes de exigir dos outros. “É muito fácil criticar quando não estamos envolvidos. Para evitar essa situação, o ideal é arregaçar as mangas e fazer alguma coisa para ajudar. Só então, se não aceitarem ajuda, você pode criticar”, exalta o especialista.
Mesmo sem perceber, as pessoas estão sempre dispostas a reclamar dos outros, a listar o defeito do próximo. “Percebo que muitas vezes esse defeito nem existe, mas essa é uma forma a qual as pessoas encontram de elevar o seu ego - diminuindo outra pessoa”, comenta Borba, que diz que pode parecer loucura, mas existem que só alcançam a sua “felicidade” na ação de diminuir alguém.
“Baixa autoestima. É isso o que concluo. A pessoa não está feliz consigo mesma e desconta nos próximos essa incapacidade de aproveitar a vida – e faz isso tentando deixar o outro mal, mesmo que seja inconscientemente”, opina.
A questão é: o ser humano nunca está 100% satisfeito com as coisas. Isso pode ser bom ou ruim, dependendo da forma com a qual a pessoa encara isso. O lado bom é que dessa forma fica mais difícil de se acomodar com algo que lhe incomoda, o ruim é que pessoas infelizes pode acabar descontando essa frustração nos outros.
Você precisa ser o exemplo que deseja ser seguido. De nada adianta cobrar competência de um profissional, por exemplo, se você não é responsável com os seus deveres. “O melhor exemplo é sempre a atitude. Se você deseja algo, faça aquilo. Não exija das pessoas o que você não é capaz ou não gosta de fazer. Cada ser humano deve desenvolver em si mesmo as competências técnicas e humanas que necessita – e isso vale tanto para a área pessoal quanto profissional, é uma lição para a vida”, conclui o psicólogo.
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