segunda-feira, 4 de julho de 2016

Uma reflexão sobre a Educação de nossas Crianças

 



A educação que muitas crianças tiveram (e têm), ao crescer, traz consigo uma grande decepção. 
A forma como são criadas e condicionadas não condiz com a realidade e a responsabilidade de quando elas se tornam independentes (ou tentam).

Nisso há dois extremos: a educação familiar e a adestração escolar.

Na educação familiar, elas aprendem a brincar, criar, pintar e também a manifestar sua liberdade criativa sem medo de errar. Já na adestração escolar, toda essa liberdade, magia e pureza é 'tirada' para que se forme, então, um servidor (escravo), programado para executar algumas das atividades impostas pelo Sistema, sustentando a indústria do consumo.

O mundo não é como nos ensinaram na infância e esses extremos formam um conflito que a maioria leva (e levará) por toda a vida.

...e ainda achava que quando eu crescesse poderia continuar pintando o mundo com lápis de cor.

O mundo não aceita mais que 12 tons, inclusive, não se pode mais ser uma criança adulta, nem brincar e nem pintar com lápis de 36 cores. Toda essa história que foi ensinada para as crianças não tem mais uso ou valor, já que os únicos valores que existem, quando elas crescem, são os daqueles pequenos pedaços de papel com cores mortas e com alguns números, a que 'todos' reverenciam. A fim de obtê-los, se sacrificam e, muitas vezes, trapaceiam para acumular meras cópias sem arte, vida ou beleza.

A beleza da arte está caindo no esquecimento. A sobrevivência tornou-se “arte” para driblar a fome, a crueldade e a ganância. Mas a arte da vida ainda pode ser restaurada dentro de cada um de nós, resgatando a magia da nossa criança interior.

Viva a arte! Viva a liberdade de criar! Viva a vida!
  
Ainda há a ação de esperar para que isso tudo possa mudar. E as crianças (incluindo as adultas) retornarão ao seu devido lugar. Quando esse dia chegar, será uma imensa alegria pintar, brincar e plantar!

Fábio Ibrahim El Khoury
03/03/2016

Nenhum comentário:

Postar um comentário