Em 27 de março de 1875, nasceu em Hiroshima, Jujiro Matsuda. Filho de um pescador, ele viria a ser o fundador de um dos mais importantes fabricantes de automóveis do Japão, a Mazda. Ele começou sua história com máquinas aos 14 anos, como aprendiz em Osaka.
Em 1906, inventa a bomba tipo Matsuda e logo depois começa a fabricar armas para o exército japonês e até consegue encomendas para o czar Nicolau II da Rússia. No ano de 1921, Jujiro assume a fabricante de cortiça Toyo Cork Togyo, mas o negócio não dá muito certo e Matsuda converte a produção para ferramentas.
Em 1931, ele lança um triciclo chamado Mazdago. A partir daí, a Toyo começa a produzir veículos, mas mantém a fabricação de armas, os rifles Tipo 99 séries 30 e 35. Os bombardeios e o ataque atômico sobre Hiroshima afetam muito a estrutura da fábrica.
Após o fim da guerra, Matsuda começa a reerguer sua companhia e em 1960, lança o primeiro carro de fato sob a marca Mazda, o kei car R360. O nome é uma referência à deidade Ahura Mazda do zoroastrismo da antiga Pérsia. Hoje, a empresa diz que também teria ligação com o nome do fundador. Jujiro morreu em 1952.
O segundo modelo foi o Mazda Carol de 1962, que usava o mesmo motor 0.36 do R360. O Presto surge em 1963 e cria uma família de modelos. Logo depois, a Mazda começa uma parceria com a alemã NSU visando o uso do motor rotativo Wankel. O primeiro modelo da marca japonesa com esse motor foi o esportivo Cosmo em 1967.
Com o fim do NSU Ro80 nos anos 70, a Mazda tornou-se o único fabricante no mundo a utilizar o motor Wankel. A família Presto em sua segunda geração ganhou o motor rotativo, chamado Presto Rotary, assim como a série esportiva RX, que começou com o RX-7 em 1978 e seguiu até os dias atuais. O modelo Capella se tornou popular nos anos 70.
A partir de 1979, a Ford compra uma parte das ações da Mazda e se torna um grande parceiro da montadora de Hiroshima, criando assim carros com plataformas compartilhadas. Os modelos 121, 323 e 626 geraram similares da marca americana nos anos 80. O Ford Festiva, por exemplo, era um Mazda 121.
A parceria chegou ao nível de 33,4% de participação da Ford, assumindo assim o controle acionário em 1996. A família Matsuda continuou com parte do controle. O mesmo em relação aos anos 90, tais como Mazda6/Fusion, BT-50/Ranger, Demio/Fiesta, entre outros. Um grande sucesso da marca foi o MX-5 Miata, entre outros.
A Mazda criou submarcas nos anos 80 e 90, tais como Autozam (Japão) e Amati (EUA), sendo esta última para desafiar o trio nipo-americano Lexus/Infiniti/Acura. As submarcas Eunos e Efini também surgiram nessa época, mas depois foram extintas.
Nos anos 2000, a crise financeira dos anos 90 ainda deixa grandes resquícios na Mazda e entre 2008 e 2010, com a grave crise econômica mundial, a Ford se desfaz da maioria das ações, ficando com apenas 3%, o mesmo percentual inicial de 1979.
No lineup, a Mazda substituiu os modelos 121/323/626 pelos novos Mazda2, Mazda3 e Mazda6, bem como a minivan Mazda5 e a picape BT-50 de geração atual, semelhante a Ranger em aspecto. O RX-7 evoluiu para o RX-8, enquanto o MX-5 Miata continua sua trajetória de sucesso.
A Mazda deixou de lado o segmento de híbridos e elétricos, apostando na eficiência energética de um novo motor, o Skyactiv. Completamente o contrário do rotativo Wankel, que tem consumo e emissão elevados, o propulsor trabalha em alta taxa de compressão (14:1) e possui níveis de eficiência comparáveis aos de carros híbridos.
Combinado com transmissão Skyactiv e uma plataforma modular mais leve e segura, os carros da Mazda tornaram-se muito mais eficientes. Recentemente, a empresa passou a fabricar carros no México e criou um novo modelo para a Toyota.
Nas competições, a Mazda sempre se destacou, desde os campeonatos de rali aos mundiais de protótipos. Os modelos CX-7 e CX-9 foram lançados no segmento de utilitários esportivos, sendo que o CX-3 recentemente substituiu o primeiro. No Japão, a empresa tem poucos modelos no segmento de kei car, mas feitos por outros fabricantes.
Fonte: Notícias Automotivas
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