No início do ano, o fotografo russo Egor Tsvetko tirou fotos de pessoas que ele não conhecia no metrô de São Petersburgo e usou o aplicativo FindFace para identifica-las através de seus perfis no VK, uma espécie de Facebook russo.
O app gratuito, por enquanto, está disponível somente na Rússia, mas a startup NTechLab, que está por trás da tecnologia empregada no FindFace, afirma que está se preparando uma plataforma online para qualquer empresa que queira usar a tecnologia de reconhecimento facial.
O cofundador Alexander Kabakov afirma que a empresa quer se consagrar com a tecnologia de reconhecimento facial da mesma forma que o Google se consagrou como uma ferramenta de busca na web. “Nós queremos equipar todas as câmeras ao redor do mundo com reconhecimento facial”, explica.
Segundo os criadores do FindFace, o aplicativo já foi baixado mais de 600 mil vezes desde fevereiro e os usuários já realizaram mais de 3 milhões de pesquisas nos 100 milhões de perfis que estão presentes no VK. Desde total, 70% das pesquisas foram bem-sucedidas.
Kabakov afirma que já recebeu em torno de 300 pedidos de empresas e agências governamentais, incluindo dos Estados Unidos e China, que querem usar os algoritmos da startup.
Na verdade, o reconhecimento facial já é utilizado por grandes companhias, como o Google, Apple e Facebook, que usam a tecnologia para identificar pessoas em imagens para organizar fotos e sugerir marcações de amigos. A diferença é que tudo isso é feito dentro de suas próprias plataformas e disponibilizadas somente para um usuário, enquanto que a NTechLab quer que sua tecnologia seja utilizada por todos.
A maior preocupação de especialistas é com a privacidade e segurança das pessoas que são fotografadas. Mas Kabakov não se preocupa muito com isso, porque, segundo ele, o app mostra somente informações públicas sobre a pessoa. “Nós trabalhamos com engenharia de busca, como o Google. Nós indexamos informações públicas que estão nas redes sociais”, explica. “FindFace é um instrumento, então, é claro que pessoas com más intenções podem acabar usando”, completa.
O empresário ainda explica que o reconhecimento facial pode ser usado muito além de encontrar pessoas na internet: a tecnologia pode ajudar a analisar a idade de pessoas que estão em shoppings, cinemas e cassinos, por exemplo, deixando de lado a necessidade de pedir a identidade e correr o risco de receber algum documento falso.
Além disso, o governo de Moscou está considerando a possibilidade de usar a tecnologia nas 150 mil câmeras espalhadas pela cidade para ajudar no rastreamento e captura de criminosos.
Fonte: Olhar Digital - Uol
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