domingo, 15 de janeiro de 2017

Antipatia Gratuita - Nem te conheço, mas não vou com a sua cara...

"Todo conceito que o homem não modifica com sua evolução torna-se um preconceito, e os preconceitos acorrentam as almas à pedra da inércia mental e espiritual."
(Wilsiane Santos)


Acredito que a maioria de nós já passou ou irá passar por uma situação de aversão imediata com relação a certas pessoas.

Mal somos apresentados e logo vem aquele pensamento: Meu santo não bateu com o dele(a)!

Esta antipatia gratuita pode ser uma resposta íntima proveniente de nossa própria complexidade interior ou fruto de questões mal resolvidas.
Os motivos para que isso aconteça são muitos, geralmente os gatilhos são : inveja, insegurança, competitividade, possessividade, entre outros.

Às vezes, nos sentimos desconfortáveis diante de quem é muito parecido conosco, principalmente no que diz respeito aos defeitos, o oposto também acontece frequentemente, não vemos com bons olhos aqueles que são demasiado diferentes... 

Em alguns casos rejeitamos os recém chegados em nosso meio, acreditando que talvez sejam uma ameaça e poderão tomar nosso lugar ou brilhar mais do que nós. Podemos até desenvolver este sentimento por quem nos confronta, nega algo ou tem qualidades que desejamos possuir.
Estudos também mostram que não reagimos bem diante de uma pessoa muito virtuosa, possivelmente porque isso nos faz pensar em como somos imperfeitos.

No fundo, toda antipatia tem um motivo mesmo que não saibamos explicá-lo e justamente por isso, esta é uma ótima oportunidade para refletirmos sobre estas razões e praticarmos o auto conhecimento a fim de dar mais um passo rumo ao melhoramento pessoal.

Nestas situações seria interessante refletir : 

- Possuo este defeito e por isso esta pessoa me irrita? 

- Eu gostaria de ser assim ? Estou com inveja? 

- Estou inseguro com a presença desta pessoa? Sinto-me ameaçado?

- Porque estou me sentindo assim? Tenho motivos para isso?


Estas reflexões, sem dúvidas são válidas para que além de mudarmos em algum aspecto ou sermos mais tolerantes, possamos ter interações mais ricas e menos preconceituosas.

Quantas vezes nos precipitamos julgando alguém de imediato e depois com o tempo nosso sentimento mudou? O que aconteceu? Talvez tenhamos percebido que as nossas inseguranças eram infundadas ou que tivemos uma impressão errada. Já em outros casos acontece o inverso, com a convivência vamos constatando que o outro nos incomoda cada vez mais... Mas a questão que coloco hoje é quando esta aversão acontece sem que a outra pessoa tenha nos dado motivos para isso.

De qualquer forma, é importante deixar a impulsividade de lado nesta questão, vamos tentar ser menos radicais e taxativos. Somos livres para não desejar  alguém em nossos círculos, não adianta forçar a barra em certos casos, mas às vezes, esta pode ser uma boa oportunidade para nos fazer mudar de idéia sobre aquele que nos causou uma primeira má impressão.

Quando não oferecemos esta segunda chance estamos sendo preconceituosos por julgar sem embasamento e comodistas por estarmos sendo teimosos e relutantes diante de uma possibilidade de mudança pessoal.

Da próxima vez que nos sentirmos desta forma, seria bom fazer um esforço extra e procurar saber quais os motivos desta aversão e também permitir que o outro se mostre. 
Se isso der certo, que bom, teremos mais uma relação interessante, se não, pelo menos ficará claro o que nos despertou este sentimento e não seremos injustos com ninguém.
..
Este exercício nos permitirá detectar, compreender e aprender com as diferenças ou semelhanças e quem sabe diminuir o mal estar inicial resultando no começo de boas interações.

Lembrando que esta é uma opinião pessoal sobre o assunto 

Beijos!

"Se você não é capaz de dar uma segunda chance a para alguém, dificilmente terá a oportunidade de receber uma..."
(Marcelo Gonçalves)


Autora: Samanta Sammy
Fonte: vidarealdasam.blogspot

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