Os maiores prazeres que se pode vivenciar são extremamente singelos e não costumam ter relação direta com a condição econômica privilegiada.
Passear com o namorado num parque, andar de bicicleta, sentar num bar com os amigos para trocar ideias... nada disso envolve muito dinheiro.
Assistir um filme intrigante, conversar com um amigo íntimo e confidente, namorar, dançar, ouvir música... nada disso depende de dinheiro.
Muitos dentre os mais ricos vivem enclausurados por causa do medo de violência: gostam de viajar para usufruir dessa forma simples de viver.
Por vezes me pergunto: qual a razão do anseio da maioria pela fama e fortuna se, no final, quase todos gostam mesmo é de uma vida simples?
A vaidade, esse prazer erótico que advém de chamar a atenção, atrair olhares de admiração e desejo, parece ser o motor da busca de destaque.
O destaque depende de ações ou uso de adornos especiais, exclusivos; e isso sim depende de muito dinheiro: sentir-se especial custa caro!
Para se sentir especial a pessoa não pode usufruir dos prazeres "comuns": ela terá que escolher entre a vaidade e a boa qualidade de vida.
Flávio Gikovate
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