quinta-feira, 30 de junho de 2016

Brigas dos Pais Afetam os Relacionamentos dos Filhos Até a Vida Adulta

 



Você pode não se dar conta, mas discussões de casal diante dos filhos podem marcá-los para sempre. Foi exatamente isso o que aconteceu com Paula (que prefere não revelar o nome), relações-públicas que mora em São Paulo e tem 30 anos. Emocionada, ela garante não acreditar mais no amor. Para ela, um dos motivos de sua vida amorosa ser tumultuada é resultado dos exemplos que teve em casa: constantes confrontos dos pais e a separação dos dois.

“Eles acabaram com o casamento deles e eu com o meu, no ano seguinte. Fiquei tão passada quando descobri uma traição do meu pai que acabei fazendo do problema deles o meu. Conclusão: meu ex não aguentou tanta pressão”, resume. Namorando há três anos outra pessoa, Paula diz ter a impressão de que a relação não vai decolar. “Quando me lembro das brigas que presenciei na minha infância e na adolescência, acho que não casarei e nem terei filhos”, diz ela, que afirma lutar contra esses pensamentos, mas é difícil não associar família a um ambiente conturbado.

DEPOIMENTOS REAIS

A professora Lidia Weber fez a seguinte pergunta às crianças entrevistadas: "Se você pudesse fazer três pedidos para a fada madrinha realizar, quais você faria para ela mudar ou melhorar na sua casa, nos seus pais ou na sua escola?". Veja algumas respostas:

“Queria que meus pais parassem de gritar comigo e minha mãe parasse de me xingar.” (menina de 6 anos - caso 32)

“Queria que meus pais não me batessem mais.” (menina de 7 anos - caso 21)

“Queria que meus pais parassem de brigar entre eles e meu irmão não brigasse tanto comigo.” (menino de 5 anos - caso 37)


Para Lidia Weber, professora e pesquisadora da UFPR, pós-doutora em desenvolvimento familiar, o comportamento dos pais tem sido um dos principais temas de pesquisa em relacionamento familiar nos últimos tempos, em todo o mundo.

“Sabemos, com certeza, que não basta ter ótimas práticas educativas. Os pais também devem ter bom relacionamento entre eles”, explica a especialista. “Uma abordagem integrativa e interdisciplinar inclui três relações de influências mútuas em uma família: mãe-filhos, pai-filhos e relação conjugal.”

Segundo Lidia, quanto mais os pais brigam entre si, mais a criança tem tendência de apresentar comportamentos denominados antissociais (brigar, mentir, praticar bullying, gritar etc.). 

“Conflitos simples entre os pais não são apontados como problemas se o casal consegue resolver as diferenças. Porém, se as brigas continuam, podem levar a sinais de depressão, ansiedade e outros problemas transferidos às crianças”, explica.

A professora realizou uma pesquisa –junto com sua assistente de mestrado em Educação, Gisele Stasiak– com 40 crianças entre 6 e 7 anos de idade, pais e professores. O estudo revelou dados curiosos sobre a influência conjugal na vida dos filhos. Veja o que foi detectado: 


Discussões para o bem

Kátia Teixeira, psicóloga da Equipe de Diagnóstico e Atendimento Clínico de São Paulo (EDAC), defende o valor da experiência das brigas conjugais para crianças e jovens em formação. “Acredito que o problema não está na discussão, mas, sim, em como ela é conduzida. Discussões fazem parte dos relacionamentos. Se um casal diverge em algo, não precisa omitir dos filhos. Mas essa conversa deve acontecer com respeito, sem ofensas, humilhações e, especialmente, sem violência, seja ela física ou verbal”, defende. “Casais que não se respeitam  possivelmente facilitarão o surgimento de conflitos nos filhos.”

Lidia diz que os filhos podem aprender muito com as crises. "As pessoas brigam e se reconciliam, podem ter opiniões diferentes e se amar mesmo assim; podem se amar e brigar de vez em quando... É importante aceitar a opinião de outros e saber perdoar", explica ela. "Brigas ruins são compostas por insultos pessoais, expressões de hostilidade, xingamentos e agressão física. Discussões que levam ao aprendizado mostram expressões verbais de apoio ao outro, compreensão e empatia; cumplicidade e compromisso para resolução do problema”, diferencia. 


Uol Mulher
Comportamento-Infância 

quarta-feira, 29 de junho de 2016

Nada Será Como Antes - Elis Regina

 



Chega às livrarias com status de biografia definitiva de Elis.

Em tempos de problemas com a publicação de biografias no Brasil, 
o jornalista e repórter do 
O Estado de S. Paulo Julio Maria 
lança 'Nada Será Como Antes', 
livro que chega às prateleiras com o status de 'biografia definitiva' de Elis.
Em quatro anos de pesquisas, Julio Maria entrevistou mais de 100 pessoas relacionadas ao universo Elis - parentes, amigos, colegas, profissionais, para tentar chegar num retrato de um dos maiores fenômenos da música brasileira do século 20, que morreu precocemente aos 36 anos em São Paulo, em janeiro de 1982. 

'Nada Será Como Antes' vai ser lançado na próxima terça-feira, 17, a partir das 18h30, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional (Av. Paulista, 2073), em São Paulo. 

Fonte:Território Eldorado

terça-feira, 28 de junho de 2016

E se... não houvesse fronteiras?

 



A primeira idéia que vem à cabeça 
é um mundo de migrantes, 
onde os homens se deslocariam livremente em busca 
de melhores oportunidades e 
qualidade de vida.
 Segundo André Martins, professor de geografia regional e política da USP.


“Abolidas as fronteiras, veríamos grandes movimentos migratórios motivados, principalmente, 
pela busca de emprego. 
Pois, se no passado a posse da terra era necessária para prover a subsistência, hoje o capital e a oferta de trabalho assumiram esse papel”.

Sem fronteiras...mais harmonia!


Mas há quem veja na ausência das fronteiras um avanço rumo a uma sociedade baseada menos nos poderes de governos e instituições e mais nos direitos básicos do cidadão. Nada de políticos, nada de tribunais, nada de polícia, nada de ladrão. Parece letra de música do Raul Seixas, mas não é. Este é o mundo sem países, de acordo com Edson Passetti, professor do Núcleo de Estudos de Sociedade Libertária, da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo. “Viveríamos o ideal da vida em comum em harmonia”, diz.


Fonte: Superinteressante


segunda-feira, 27 de junho de 2016

Exclusão de estrangeiros

 



Aviso em um Hotel de Aguas Termais alerta que estrangeiros não podem entrar.

Para o escritor, ativista e pesquisador norte-americano naturalizado japonês Arudou Debito, "(essas atitudes discriminatórias) têm se tornado cada vez mais evidentes, organizadas e consideradas 'normais'".

Debito coleciona, desde 1999, fotos de placas de lojas, bares, restaurantes, karaokês, muitas delas enviadas por leitores de todo o Japão, com frases em inglês - e até em português - proibindo a entrada de estrangeiros.

A coletânea virou livro, intitulado Somente japoneses: o caso das termas de Otaru e discriminação racial no Japão.

Debito se diz ainda preocupado que, com a divulgação cada vez maior dos pensamentos da extrema-direita, a causa ganhe cada vez mais "fãs".

"No Japão ainda há a crença de que é pouco provável haver o extremismo em uma 'sociedade tão pacífica'", explicou.

"Eu não acredito que seja tão simples assim. Ignorar os problemas de ódio, intolerância e exclusivismo para com as minorias esperando que eles simplesmente desapareçam é um pensamento positivo demais e historicamente perigoso."


Fonte: BBC.Uk

domingo, 26 de junho de 2016

Japão recebe críticas da ONU após onda de Xenofobia nas ruas:

  



"Estrangeiros só poderão entrar se estiverem acompanhados de um japonês", diz a placa.

Uma recente onda de casos de Xenofobia tem causado grande preocupação no Japão e levou 
a ONU a pedir que o governo do primeiro-ministro Shinzo Abe 
tomasse medidas concretas 
para lidar com o problema.

As principais vítimas nesse incidentes têm sido comunidades estrangeiras como a de coreanos e chineses, além de outras minorias chamadas de "inimigas do Japão".

Um exemplo dos abusos é um vídeo que se tornou viral e circula pelas redes sociais. Mostra um grupo de homens da extrema-direita com megafones em frente a uma escola sul-coreana em Osaka.

Eles insultam os alunos e professores com palavrões, fazem piadas com a cultura do país vizinho e ameaçam de morte os que se atreverem a sair do prédio.

Um relatório do Comitê de Direitos Humanos da ONU encaminhado ao governo japonês, destaca a reação passiva dos policiais em manifestações deste tipo.

As autoridades têm sido criticadas por apenas observarem, sem tomarem nenhuma atitude efetiva para conter os abusos.

No final de agosto, o Comitê das Nações Unidas para a Eliminação da Discriminação Racial solicitou que o país "abordasse com firmeza as manifestações de ódio e racismo, bem como a incitação à violência racial e ódio durante manifestações públicas".

Desde 2013, o Japão registrou mais de 360 casos de manifestações e discursos racistas.

A questão ganhou os holofotes da mídia e está sendo amplamente debatida pelo partido governista, o Liberal Democrático.

Fonte: BBC.Uk

sábado, 25 de junho de 2016

A ética e a compra de seguidores nas redes sociais

 



Alguns reais investidos e seu perfil no Facebook, Twitter, Instagram e outras redes sociais ganha milhares de seguidores. Este instrumento 
de marketing de guerrilha,
profissionalizado há alguns anos, 
tem ganhado impulso entre artistas, cantores, políticos e todo tipo de gente que busca se mostrar popular. 
O intuito é apelar ao efeito manada, princípio da psicologia das massas segundo o qual as pessoas agem em bandos, num autêntico fenômeno grupal. Afinal, se determinada pessoa ou empresa tem tantos seguidores, deve ser por merecimento. Aqui mora o equívoco.  

Dia destes recebi um post de um professor brasileiro, que eu não conhecia até então, e ao acessar seu perfil no Facebook descobri que tinha cerca de dez mil seguidores. Um rápido clique sobre a opção “curtir” e a revelação: sua cidade mais popular era Carcóvia, na Ucrânia. Além disso, durante vários dias da semana a adesão de novos seguidores era nula, com picos em determinadas datas.

Recentemente o cantor Luan Santana veio a público demonstrar sua indignação diante de acusações de fraude na audiência de seus vídeos no Youtube.

O fato é que comprar seguidores pode ser uma estratégia interessante para empresas que pretendam difundir seus produtos ou serviços, gerando virais para alcançar a maior amplitude possível, aumentando significativamente o número de pessoas atingidas. Porém, para pessoas, é um ledo engano, simplesmente porque é contraproducente e antiético.

De que adianta ostentar uma legião de pessoas que talvez não tenham qualquer sinergia com suas ideias? Ou, pior, pessoas que simplesmente não existam, pois foram artificialmente criadas apenas para fazer volume. E isso é muito fácil de constatar, pois há perfis constituídos apenas pela foto e meia dúzia de informações, sem histórico de postagens e com vínculo apenas a outros perfis similares.



Autor: Tom Coelho

sexta-feira, 24 de junho de 2016

Primavera Árabe desencadeia maior onda de migração desde a 2ª Guerra




Um homem aguarda enquanto o navio cargueiro Ezadeen chega ao porto de Corigliano, no sul da Itália, trazendo centenas de migrantes.

Os dois "navios fantasmas" encontrados na semana passada aproximando-se da costa italiana com centenas de migrantes a bordo, mas sem qualquer tripulante, são apenas o sintoma mais recente de algo que especialistas veem como a maior onda de migração em massa vista no mundo desde o fim da Segunda Guerra Mundial.

As guerras na Síria, Líbia e Iraque, a repressão grave na Eritreia e a espiral de instabilidade em boa parte do mundo árabe, tudo isso contribuiu para o deslocamento de cerca de 16,7 milhões de refugiados em todo o mundo.

Outros 33,3 milhões de pessoas estão "internamente deslocadas" em seus próprios países em guerra, obrigando muitos naturais do Oriente Médio a atravessar o Mediterrâneo, um mal menor, de maneiras cada vez mais perigosas, na esperança distante de uma vida melhor na Europa.

"Esses números não têm precedentes", disse Leonard Doyle, porta-voz da Organização Internacional de Migração. "Em termos de refugiados e migrantes, não se vê nada como isto desde a Segunda Guerra Mundial, e mesmo então o fluxo de migração se dava no sentido contrário."

Políticos europeus pensam que podem desencorajar migrantes de atravessar o Mediterrâneo, simplesmente reduzindo as operações de resgate. Mas os refugiados dizem que a escala da turbulência no Oriente Médio, incluindo nos países onde eles inicialmente buscaram refúgio, não lhes deixa outra opção senão arriscar suas vidas no mar.

Mais de 45 mil migrantes arriscaram suas vidas em 2013, atravessando o Mediterrâneo para chegar à Itália e a Malta, e 700 morreram na tentativa. O número de mortos multiplicou-se por mais de quatro em 2014, chegando a 3.224.

"Conhecemos pessoas que morreram -elas moravam conosco", contou Qassim, refugiado sírio no Egito que agora quer chegar até a Europa. "Mas vamos tentar novamente atravessar o mar, porque não há vida aqui para nós, sírios."

Inicialmente, o Egito recebeu de braços abertos até 300 mil refugiados da guerra síria. Mas, depois da repentina mudança de regime no Cairo, no verão de 2013, o ambiente mudou drasticamente, levando ao surgimento de xenofobia declarada contra os sírios e ao aumento dos casos de prisão e detenção de sírios que, por razões compreensíveis, não portam os documentos necessários de residência no país.

A situação é ainda pior na Jordânia e no Líbano, que hoje abriga mais de 1 milhão de refugiados sírios -mais de um quinto de sua população total.

A presença deles sobrecarregou os recursos naturais de modo que não tem precedentes, levando o governo libanês, na semana passada, a intensificar as restrições à entrada de sírios no país. E, embora a Turquia tenha tomado iniciativas simultâneas para reforçar os direitos dos refugiados, é provável que sua costa continue a ser uma plataforma de lançamento de migrantes interessados em chegar à Europa, tanto devido ao custo de vida comparativamente alto no país quanto à xenofobia crescente, especialmente no sul.

A Líbia, outro ponto importante na rota da migração vinda do Oriente Médio e norte da África, deixou de ser um refúgio seguro desde que uma guerra civil eclodiu no país, no ano passado. A situação dificílima dos refugiados na Líbia e em toda a região desmente os argumentos daqueles que sugerem que a onda de migração seja causada simplesmente por migrantes econômicos.

"Se eles são migrantes econômicos", comentou Doyle, "como explicar que, depois de cada surto de violência e repressão, recebemos uma nova onda de pessoas vindas da região onde esse surto acaba de acontecer? Por que será que na enorme catástrofe de setembro no Mediterrâneo, foram palestinos que morreram afogados, apenas duas semanas após a guerra entre Gaza e Israel? E por que será que desde o ano passado vemos um fluxo constante de pessoas vindas da Eritreia, quando sabemos que esse país passa por problemas sérios?"

Mas esses argumentos ainda não convenceram o governo britânico, que em outubro passado se recusou a ajudar nas operações de resgate de migrantes no Mediterrâneo e que em junho admitiu ter recebido menos de 150 refugiados sírios.

Tradução de CLARA ALLAIN
Fonte: Folha de SP

quinta-feira, 23 de junho de 2016

Vendramini diz que sofreu com TOC: não queria ver ninguém

https://youtu.be/3UigeK2njyM

Luciana Vendramini falou de vida e carreira no 'De Frente com Gabi'

A atriz Luciana Vendramini contou, em entrevista a Marilia Gabriela no programa do SBT De Fente Com Gabi, que sofreu com a descoberta de um Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) tempos atrás. "Teve um ano em que me isolei. Não queria ver ninguém", admitiu.
Ela falou sobre a polêmica causada na TV depois de protagonizar um beijo gay na novela Amor & Revolucao.
 "Não esperava que meu personagem fosse ter esse rebuliço todo. 
A verdade liberta", disse.
Na entrevista, a atriz também contou que deu grande parte de seu cachê do ensaio nu da Playboy, feito nos anos 80, para o pai e falou do período no qual foi casada com o cantor Paulo Ricardo. "Eram duas cabeças em conflito. 
Foi uma grande experiência e eu amadureci muito".


Fonte: Terra

quarta-feira, 22 de junho de 2016

Astronauta


Astronauta!
Tá sentindo falta da Terra?
Que falta
Que essa Terra te faz?
A gente aqui embaixo
Continua em guerra
Olhando aí prá lua
Implorando por paz

Então me diz:
Porque quê você quer voltar?
Você não tá feliz
Onde você está?
Observando
Tudo a distância
Vendo como a Terra
É pequenininha
Como é grande
A nossa ignorância
E como a nossa vida
É mesquinha

A gente aqui no bagaço
Morrendo de cansaço
De tanto lutar
Por algum espaço
E você
Com todo esse espaço na mão
Querendo voltar aqui pro chão?
Ah não, meu irmão!
Qual é a tua?
Que bicho te mordeu
Aí na lua?

Eu vou pro mundo da lua
Que é feito um motel
Aonde os deuses e deusas
Se abraçam e beijam no céu...

Ah não, meu irmão!
Qual é a tua?
Que bicho te mordeu
Aí na lua?
Fica por aí
Que é o melhor que cê faz

A vida por aqui
Tá difícil demais
Aqui no mundo
O negócio tá feio
Tá todo mundo feito
Cego em tiroteio
Olhando pro alto
Procurando a salvação
Ou pelo menos uma orientação

Você já tá perto de Deus
Astronauta!
Então me promete
Que pergunta prá ele
As respostas
De todas as perguntas
E me manda pela internet...

Eu vou pro mundo da lua
Que é feito um motel
Aonde os deuses e deusas
Se abraçam e beijam no céu...

É tanto progresso
Que eu pareço criança
Essa vida de internauta
Me cansa
Astronauta cê volta
E deixa dar uma volta na nave
Passa achave
Que eu tô de mudança

Seja bem-vindo, faça o favor
E toma conta do meu computador
Porque eu tô de mala pronta
Tô de partida
E a passagem é só de ida
Tô preparado prá decolagem
Vou seguir viagem
Vou me desconectar
Porque eu já tô de saco cheio
E não quero receber
Nenhum e-mail
Com notícia dessa merda
De lugar...

Eu vou pro mundo da lua
Que é feito um motel
Aonde os deuses e deusas
Se abraçam e beijam no céu...

Eu vou prá longe
Onde não exista gravidade
Prá me livrar do peso
Da responsabilidade
De viver nesse planeta
Doente
E ter que achar
A cura da cabeça
E do coração da gente
Chega de loucura
Chega de tortura
Talvez aí no espaço
Eu ache alguma criatura
Inteligente

Aqui tem muita gente
Mas eu só encontro solidão
Ódio, mentira, ambição
Estrela por aí
É o que não falta
Astronauta!
A Terra é um planeta
Em extinção...

Eu vou pro mundo da lua
Que é feito um motel
Aonde os deuses e deusas
Se abraçam e beijam no céu!



por Gabriel o Pensador 

terça-feira, 21 de junho de 2016

Quem Manda Em Sua Casa?

 



A pergunta pode parecer um tanto indiscreta, porem, é com o intuito de aconselhar a algumas "novas esposas" que a formulamos.
Tão errado, como quando certas mulheres dizem que são elas que mandam em casa, é o homem afirmar que quem manda é ele.
A nosso ver, quem deve mandar na casa são os dois. Todavia, melhor será que nem um nem outro mande, mas que ambos a dirijam, cada um no seu setor, para que haja paz e harmonia.
O lar, sendo como é uma escola pratica da vida, e onde, quase sempre, estão em formação caracteres ainda jovens, que no caso são os filhos, os exemplos a serem dados devem ser sãos e beneficos.
Havendo compreensão, quer por parte do marido como por parte da esposa, a sociedade conjugal resistirá a todos os obstaculos que se lhe depare, do mesmo modo que uma sociedade comercial consegue enfrentar as oscilações dos negocios. Convem lembrar que as filhas, principalmente, a quem estarão mais tarde confiados seus proprios lares, levarão para eles os exemplos e ensinamentos que tiveram em meninas. Por sua vez, os filhos aprendem dos pais como dirigir a casa e como tratar a esposa.


Uma verdade tão velha quanto o mundo é esta. Mas, quantas vezes é ela esquecida? Não será com gritos, com imposições, com exigencias, enfim, que a mulher conseguirá do marido o que deseja. Da mesma forma, não é assumindo ares de amo, de feitor, ou de um ser superior, que o homem demonstrará que ele é, afinal de contas, o chefe da casa.
O que é preciso é haver isto: um mutuo entendimento, o que significa compreensão.
A vida moderna, possibilitando, como de fato oferece, uma igualdade de direitos entre o homem e a mulher, não quer isso dizer que o marido venha a ser guiado pela esposa, nem que ele tenha de encarnar-se num ditador, para mostrar que, se ela mandar, ele manda mais ainda...
"Cada macaco no seu galho" - é a definição mais acertada, muito embora tão usada e até deselegante... 
No entanto, não pode ser de outra forma.


A pergunta pode parecer um tanto indiscreta, porem, é com o intuito de aconselhar a algumas "novas esposas" que a formulamos.
Tão errado, como quando certas mulheres dizem que são elas que mandam em casa, é o homem afirmar que quem manda é ele.
A nosso ver, quem deve mandar na casa são os dois. Todavia, melhor será que nem um nem outro mande, mas que ambos a dirijam, cada um no seu setor, para que haja paz e harmonia.
O lar, sendo como é uma escola pratica da vida, e onde, quase sempre, estão em formação caracteres ainda jovens, que no caso são os filhos, os exemplos a serem dados devem ser sãos e beneficos.
Havendo compreensão, quer por parte do marido como por parte da esposa, a sociedade conjugal resistirá a todos os obstaculos que se lhe depare, do mesmo modo que uma sociedade comercial consegue enfrentar as oscilações dos negocios. Convem lembrar que as filhas, principalmente, a quem estarão mais tarde confiados seus proprios lares, levarão para eles os exemplos e ensinamentos que tiveram em meninas. Por sua vez, os filhos aprendem dos pais como dirigir a casa e como tratar a esposa.


Uma verdade tão velha quanto o mundo é esta. Mas, quantas vezes é ela esquecida? Não será com gritos, com imposições, com exigencias, enfim, que a mulher conseguirá do marido o que deseja. Da mesma forma, não é assumindo ares de amo, de feitor, ou de um ser superior, que o homem demonstrará que ele é, afinal de contas, o chefe da casa.
O que é preciso é haver isto: um mutuo entendimento, o que significa compreensão.
A vida moderna, possibilitando, como de fato oferece, uma igualdade de direitos entre o homem e a mulher, não quer isso dizer que o marido venha a ser guiado pela esposa, nem que ele tenha de encarnar-se num ditador, para mostrar que, se ela mandar, ele manda mais ainda...
"Cada macaco no seu galho" - é a definição mais acertada, muito embora tão usada e até deselegante... 
No entanto, não pode ser de outra forma.

Fonte: Almanaque Folha

segunda-feira, 20 de junho de 2016

A saga do Amigo da Onça, criação imortal do cartunista Péricles

 


Nos anos 50, o Amigo da Onça foi o mais popular tipo criado pelo cartoon, com uma popularidade similar ao do Fradim, de Henfil, nos anos 70. Tornou-se uma expressão popular no país até hoje, utilizada para qualificar amigos pouco leais.

Criação do cartunista pernambucano Péricles (1924-1961). após sua morte a tira passou a ser feita por Carlos Estevam, outro grande nome do cartoon.

Péricles iniciou sua carreira no Diário de Pernambuco e entrou para os Diários Associados pelas mãos de Leão Gondim. Seu primeiro personagem foi Oliveira Trapalhão, publicado na revista A Cigarra. 

De Jota A. Botelho, do Portal Luis Nassif 


domingo, 19 de junho de 2016

Selfie: modinha ou era do exibicionismo digital?

 



O ato de se fotografar sempre esteve presente na vida das pessoas, mas hoje um fenômeno intitulado Selfie, termo inglês usado para denominar um auto retrato, que foi escolhido a palavra do ano pelo dicionário Oxford, a cada dia ganha mais adeptos. O fenômeno se prolifera nas redes sociais numa velocidade estrondosa e um número maior de pessoas se rendem a sua força. O que para muitos pode ser uma forma de fazer parte da “modinha” que se criou em cima do ato de se fotografar, para alguns psicólogos pode demostrar insegurança e, até mesmo, baixa estima. Para o psicólogo da Universidade Federal do Piauí, UFPI, Ricardo Costa, a montagem de situações para se ter a selfie perfeita é sinal de alerta. Para ele, selfie se tornou algo social, e estar fora do Instagram e Facebook é ficar a margem da sociedade. “É como ser alguém invisível”, diz Ricardo.

O fenômeno serve para que ressurja o Narcisismo, o culto ao corpo, a vontade de ser diferente e isso faz com que as pessoas busquem essa diferenciação na tentativa de se afirmar através de marcas, lugares e atitudes. É muito comum ver jovens reunidos em torno de uma mesa, num bar e estarem “marcando o momento”. Em poucos segundos, a foto está no Instagram gerando “likes” e comentários. “Porque todo mundo precisa ver que eu estou em determinado lugar, porque se precisa compartilhar? Que necessidade moderna é essa?”, questiona Ricardo. 

Para o psicólogo, isso demostra insegurança e uma necessidade de se afirmar, “uma pessoa segura não publica foto toda hora buscando curtidas”, explica. Para ele, essa necessidade por curtidas, se não atingida, pode levar a doenças psicológicas como o TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo) e em casos mais graves ao suicídio. A estudante de Serviço Social da UFPI, Mariana Rodriguez diz que “é um meio de você se divulgar, porque mesmo que não use a hastag, (símbolo equivalente ao #) você fica olhando para ver se estão curtindo ou comentando. E isso é legal!”. 

Marina diz ainda que compartilhar foto é normal, mas a grande vantagem é mostrar para outras pessoas onde se está frequentando “não tem graça se você sai para um lugar e não dizer onde você está ainda mais se for um lugar conhecido”, finaliza Marina.


Pesquisa recente do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostra o retrato do Brasil nas redes sociais e os dados apontam que a maioria dos usuários, 74%, está na faixa etária de 16 a 24 anos e na sua maioria são mulheres com 50% e homens, 47%; 70% dos usuários estão na faixa etária de 10 a 15 anos. A pesquisa aponta ainda que a classe A lidera as postagens com 94%, seguida pelas B e C com 80% e 47% respectivamente, as classes D e E possuem apenas 14% das postagens. Segundo a amostragem 31% das pessoas na faixa etária de 45 a 59 anos também usam as redes sociais. Os dados chamam atenção para o fato de que 8% dos usuários têm 60 anos ou mais. Relacionado ao grau de instrução 93% estão no ensino superior, 72% no ensino médio e 30% no fundamental. Quanto à frequência 69% dos entrevistados publicam diariamente e apenas 7% publicam uma vez por mês.


O sociólogo Benedito Carlos de Araújo diz que estamos vivendo em uma sociedade ultramoderna na qual a comunicação ultra veloz marcada pelas redes sociais fazem com que as pessoas sejam cada vez mais “camaleões”, ou seja, tenham que se adaptar a mudanças diárias. “Essas mudanças fazem com que surjam tribos contemporâneas que se identificam com determinado tema e as relações passam a ser sobre essa identidade”, explica.

O termo identidade assegura hoje a continuidade do individuo, do grupo e da própria sociedade; num percurso de permanente mudança, ruptura, crise, readaptação, reivindicação e ate mesmo de sobreposição de identidades. Notadamente o que se percebe é que com uma velocidade cada vez maior as pessoas “mudam” de identidade. Hoje ninguém é mais um ser “exclusivo”, exclusivo usa-se aqui como único, diferente dos demais; já que para fazer parte de tribos modernas o cidadão tenha que se adequar aos vários cenários que se desenham na sociedade. Uma pessoa pode se identificar com um estilo musical e se adequar aquele grupo e zapear em outros totalmente diferentes entre si sem sofrer grandes consequências.

Teóricos como Stuart Hall afirmam que essa mudança é reflexo do colapso de identidade nas sociedades modernas. Esse colapso está mudando as noções de paisagem, gênero, sexualidade, etnia, raça e nacionalidade que no passado tinham bases solidas.  Dessa forma para Hall as identidades são construídas em meio à relação de poder, fundadas sob a égide da exclusão. Ou seja, quem não está participando do fenômeno selfie, de certa forma acaba sendo excluído da vida social.

A estudante Adriana Lavol, 19 anos, diz que “eu acho de certa forma besteira porque todo mundo antes já fazia. agora deram um nome para uma coisa que sempre existiu. A modinha não é tirar foto da câmera frontal do celular, mas o nome que inventaram”.

O sociólogo diz ainda que as relações sem forma definida levam a um processo de identificação volátil e rápido. “A sociedade está fragmentada, nos vivemos num mundo muito misturado e isso só está acontecendo graças aos meios de comunicação.” Benedito cita o sociólogo Stuart Hall numa tentativa de explicar o fenômeno, ele fala que o que está acontecendo é uma identificação, que é um processo continuo e não se fixa em nada. “Os jovens sentem uma necessidade de seguir o que os outros da mesma idade estão fazendo, por isso o selfie tem tantos adeptos. Daqui a dez anos vai ter outro fenômeno” finaliza.

por Geovane Lucas


sábado, 18 de junho de 2016

O Suicidio segundo Arthur Schopenhauer

 



Através da obra de Arthur Schopenhauer tomamos conhecimento do fato que circunda o ato do suicídio.
Este está intimamente ligado com o querer-viver que nada mais é senão a expressão da Vontade Universal fragmentada na vontade individual do ser.

Uma vez que está vontade individual objetivada pelo corpo humano deixa de ser confortável a este indivíduo por qualquer casualidade,podendo ser por uma doença ou um revés financeiro os quais levam o indivíduo a frustrações e sofrimentos.

Com estas intempéries ocorre que não é mais interessante para ele continuar nesta trajetória,então tem o desejo de por fim a está vida,ou seja,desistir de submeter a vontade de querer-viver ao jugo deste corpo para se juntar a Vontade Universal.
Por isso ainda que o indivíduo opte pelo suicídio pode se afirmar que está presente em si o querer viver.

Apenas não está presente o querer-viver na vontade
individual,permanecendo,porém,
intacto na Vontade Universal.
Ora,o indivíduo deixa de viver nesta vida individual para continuar este querer-viver na Vida Universal.

Constata-se dentro da visão Schopenhaueriana que o suicídio é
uma afirmação intensa da Vontade,pois o indivíduo desejaria viver,o que ele não suporta é a renúncia aos gozos da vida,a medida que os mesmos lhes são privados.

Há então o desejo de negar a vida pelo sofrimento causado.
Nesta condição,o indivíduo renuncia a vida," esta vida", mas ele não renuncia o próprio " querer viver".


Arthur Schopenhauer