quinta-feira, 2 de junho de 2016

Exploração Animal – Hipismo


O hipismo é pratica que faz uso de cavalos para montar e envolve práticas desportivas para competição que fazem uso de certas formas dos animais, também chamadas de ‘esportes equestres’.
De acordo com a Confederação Brasileira de Hipismo (CBH) e a Federação Equestre Internacional (FEI), o hipismo apresenta 3 modalidades olímpicas distintas:
- Dressage ou adestramento: provas com uma série de movimentos específicos, de diferentes graus de dificuldade.
- Saltos: a modalidade mais conhecida do hipismo, com um percurso de obstáculos, que variam de altura.
- Concurso Completo de Equitação (CCE): é uma combinação de modalidades de dressage ou adestramento, saltos e provas de fundo, podendo ser subdividida em percursos e caminhos, corrida de obstáculos (steeplechase) e cross-country com obstáculos naturais, que duram três dias seguidos.
Outras modalidades de hipismo são:
- Enduro equestre: prova de longa distância disputada em etapas.
- Volteio: prova que consiste na execução de movimentos (livres e obrigatórios) da ginástica artística.
- Atrelagem ou driving: competição que utiliza uma espécie de charrete puxada por um, dois ou quatro cavalos e que engloba adestramento, maratona e corridas de obstáculos.
- Rédeas: exercícios que realizam círculos e outros movimentos.
- Pólo: desporto de equitação de duas equipas de quatro cavaleiros, cujo objetivo principal é marcar o maior número de pontos possível numa baliza.

Porque evitamos as práticas do hipismo:

- Os animais não podem optar. Eles vivem uma vida totalmente antinatural e são reproduzidos e mantidos com a única finalidade das competições.
- Quando ficam velhos ou se lesionam, comprometendo seu desempenho, são simplesmente abandonados ou até mesmo sacrificados, ainda que saudáveis.
- São submetidos a tratamento intenso e ficam confinados longos períodos em baias minúsculas, isolados e sem contato com outros animais ou bandos.
- Os acidentes e fraturas sofridas pelos animais somente vem a público, em geral, quando ocorrem durante os eventos mais importantes e ainda assim, não recebem atenção maior nem mesmo quando são causas de mortes.
- Para tornar os tornar competitivos, são aplicados aos animais, drogas e hormônios sintéticos, que têm efeitos danosos ao animal a longo prazo, inclusive levando a morte. Um possibilidade, por exemplo, é o de “colapso”, uma forma de “infarto”, que leva o animal a morte súbita.

Alguns casos:

O confinamento, treinamento e a rotina do animal, como dissemos, já constituem uma violência. Ainda assim, existem os casos de acidentes que se destacam na imprensa. Alguns deles são:

06 de novembro de 2011 – Verona, Itália – cavalo holandês Hickstead
O cavalo holandês Hickstead, montado pelo ginete então nº 1 do ranking mundial, o canadense Eric Lamaze, morreu durante uma prova, no domingo, 06 de novembro de 2011, em Verona, Itália.
Em comunicado à imprensa, a organização informou apenas que Hickstead “de repente teve um colapso” e que já estava morto quando recebeu os primeiros cuidados dos veterinários.
(“Cavalo do nº 1 do mundo morre após realizar saltos em prova do hipismo”; 
Globo Esporte; 07/11/2011

O doping e seus efeitos:

A administração de substância dopante pode causar danos a animais, sendo que alguns são irreversíveis.

Os grupos específicos de substâncias proibidas são capazes de agir em um ou mais dos sistemas corpóreos dos mamíferos:
1. sistema nervoso
2. sistema cardiovascular
3. sistema respiratório
4. sistema digestivo (excetuando-se substâncias para tratamento oral de úlceras gástricas)
5. sistema urinário
6. sistema reprodutivo
7. sistema músculo esquelético
8. pele (exemplo de agentes hiper-sensibilizantes)
9. sistema sangüíneo
10. sistema imunológico ( excetuando-se vacinas)
11. sistema endocrinológico: a) Antipiréticos , analgésicos e substâncias antiinflamatórias. b)Substâncias endócrinas. c) Agentes que mascaram.

Alguns exemplos de substâncias proibidas administradas aos animais:

Substâncias que aumentam a performance:
1.1) BASES XANTICAS – Cafeína, Teofilina, Teobromina.
Tem efeitos cardiovasculares, broncodilatadores, nervoso e renais.
1.2) OPIÓIDES – Pentazocina, Butorfanol.
Atuam como potentes analgésicos.
1.3) ESTERÓIDES ANABÓLICOS – Nandrolona
São derivados sintéticos da testosterona, possuindo ação anabólica (capacidade de produzir uma retenção positiva de azoto). Esta substância tem sido altamente utilizada em animais em treinamento.
1.4) ANFETAMINAS
Atuam no sistema nervoso central, liberando toda a nora-drenalina cerebral (hormônios), e atrasam o aparecimento da fadiga.
1.5) ANTIHISTAMÍNICOS – Difenidramina, Pirilamina.
São utilizados para bloquear a ação da histamina. Inibem a contração da musculatura lisa brônquica e intestinal. Normalmente eles deprimem o sistema nervoso central, causando sonolência e provocando taquicardia.
1.6) ANESTÉSICOS LOCAIS – Xilocaína, Lidocaína, Procaína.
Os anestésicos locais são amplamente utilizados de forma subcutânea, para anestesiar feixes nervosos e assim dessensibilizar determinada área de interesse
1.7) ANALGÉSICOS ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTERÓIDES – Fenilbutazona, Dipirona, AAS, Flunixin Meglumine.
São provavelmente as drogas mais utilizadas em cavalos de esporte graças a suas propriedades antiinflamatória, analgésica e antipirética.
Os antiinflamatórios não esteróides devem ser utilizados, em doses seguras, quando exista uma indicação clínica clara para o fazer.
1.8) CORTICOSTERÓIDES – Hidrocortisona, Prednisolona, Dexametasona.
Em cavalos de esporte, é comum o aparecimento de doenças articulares, e este tipo de medicamento é comumente utilizado no tratamento, apesar de seus efeitos colaterais.
1.9) DIURÉTICOS – Furosemida
De todos os diuréticos, esta é a mais utilizada, pois provoca uma maior excreção de urina deixando o animal com uma hemoconcentração aumentada.
Pode ser utilizada no tratamento de animais com hemorragia pulmonar induzida por esforço.
O uso desta droga tem sido discutida já que pode interferir nos testes de rotina para detecção de drogas ilícitas.
1.10) BRONCODILATADORES – Clembuterol
É muito utilizado no tratamento de doenças pulmonares crônicas.
1.11) MUCOLÍTICOS / EXPECTORANTES – Guasaiafenesina, Dembrexina.
São utilizados para retirar secreções da árvore respiratória. Possuem também uma ação miorrelaxante.
1.12) ANTI TUSSÍGENOS – Dextromethorpan, Butorfanol
Estas substâncias atuam diminuindo a freqüência da tosse, atuando nas terminações nervosas do trato respiratório.
1.13) VASODILATADORES – Isoxsuprine
Tem papel terapêutico crucial no tratamento de doenças cardíacas aguda ou crônica. Aumentam a perfusão e oxigenação dos tecidos.
1.14) RELAXANTES MÚSCULO ESQUELÉTICOS – Guaifenesina, Metocarbamol.
Pela ação miorrelaxante, estas substâncias diminuem a dor de origem muscular.
Substâncias que diminuem a performance:
1 – TRANQÜILIZANTES / SEDATIVOS
Estes tranqüilizantes provocam calma e falta de interesse pelo meio exterior, mas sem alterar os níveis de consciência.
(fonte: ABQM – Associação Brasileira de Criadores de Cavalo Quarto de Milha)

Fonte: Onda - Defesa Animal

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